Assim como na terra existem leis e regras a serem seguidas para não acontecer acidentes, no céu é igual. Fernando Siqueira Carvalho, grande apreciador do assunto, explica que o tráfego aéreo é gerido constantemente por cabine de comando, antes mesmo do embarque, e só se encerra quando os cintos são soltos e as luzes se apagam.
Cada controlador pode ter a responsabilidade de cuidar de até 7 aeronaves simultaneamente, portanto, centenas de vidas. Porém, para o profissional não importa se a aeronave contém 300 passageiros ou somente um, a importância é a mesma. Para se certificar de que nada aconteça, a distância mínima entre um avião e outro, o mesmo vale para helicópteros, é de 5 quilômetros.
Além disso, Fernando Siqueira Carvalho diz que recursos meteorológicos, radares e diversos computadores auxiliam no trabalho do controlador. Fora o cuidado da cabine, os aviões são dirigidos em diferentes altitudes usando níveis de voo – um conjunto de uma altitude constante que tem a medida em pés. Então, enquanto os voos pares vão para o sentido oeste, os de níveis ímpares vão para o leste. Isso significa que há pelo menos 300 metros de folga entre os aviões que voam na mesma via em sentidos diferentes.
Muitas pessoas se perguntam o porquê dos voos para a Rússia e Austrália durarem tantas horas, a ponto de levar quase um dia inteiro, e se não existem rotas mais rápidas. Mas, como foi explicado anteriormente, a meteorologia é um dos recursos fundamentais para a aviação, sendo assim, como a Terra gira na mesma direção, no hemisfério norte, os ventos de direção oeste prevalecem, assim, o avião voa com o vento a favor, enquanto que em uma rota diferente ele voaria contra o vento, o que não seria adequado. O vento interfere tanto que pode mudar em horas a chegada no destino final.
Fernando Siqueira Carvalho conta que se por algum motivo o avião não conseguir pousar no aeroporto, seja por falha de aterrissagem ou algum problema técnico, o avião tem que esperar a autorização do controlador para um intervalo possível de realizar o pouso. O sistema é tão preparado que existem zonas especiais, perto dos aeroportos, onde a aeronave pode permanecer circulando em segurança, numa pequena altitude, até que seja autorizado aterrissar.
