Como comenta o médico urologista Lawrence Aseba, a infecção generalizada, conhecida como sepse, é uma condição grave que pode evoluir rapidamente e colocar a vida do paciente em risco. Essa resposta inflamatória descontrolada do organismo ocorre quando uma infecção se espalha pela corrente sanguínea, afetando múltiplos órgãos.
Isto posto, apesar de muitos desconhecerem os sinais da sepse, ela representa uma das principais causas de morte evitável nos hospitais. Logo, reconhecer seus sintomas e agir com rapidez são medidas fundamentais para salvar vidas. Pensando nisso, continue a leitura e descubra por que a sepse exige atenção máxima e o que pode ser feito para prevenir os desfechos mais graves.
O que é a sepse e como ela se desenvolve? Entenda com Lawrence Aseba Tipo
A sepse é uma reação exacerbada do corpo a uma infecção, geralmente bacteriana, mas que também pode ter origem viral ou fúngica. Ocorre quando o organismo libera substâncias químicas para combater a infecção, mas essas substâncias acabam gerando inflamação em todo o corpo. Esse processo pode comprometer órgãos vitais como pulmões, rins, fígado e coração.

Conforme destaca o urologista Lawrence Aseba, a sepse se inicia a partir de infecções comuns, como pneumonia, infecção urinária ou feridas contaminadas. Aliás, em pacientes hospitalizados, especialmente aqueles imunossuprimidos ou em estado crítico, o risco é ainda maior. Assim sendo, quando não tratada rapidamente, a sepse evolui para choque séptico, com queda acentuada da pressão arterial e falência múltipla dos órgãos. Inclusive, além do alto risco de morte, a sepse pode deixar sequelas físicas e cognitivas, impactando a qualidade de vida mesmo após a recuperação clínica.
Os principais sintomas da sepse
O diagnóstico da sepse exige atenção a sinais muitas vezes sutis. No entanto, há um conjunto de sintomas que, quando observados em conjunto, devem acender um alerta:
- Febre alta ou hipotermia: alterações bruscas de temperatura corporal.
- Frequência cardíaca elevada: batimentos acelerados, mesmo em repouso.
- Respiração ofegante ou acelerada: dificuldade para respirar.
- Pressão arterial baixa: sinal de que o corpo está entrando em choque.
- Confusão mental ou desorientação: comprometimento do sistema neurológico.
- Redução da produção de urina: indicativo de comprometimento renal.
Antes que esses sintomas se agravem, o ideal é buscar atendimento médico imediato. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido.
Quais os riscos da sepse e por que o diagnóstico precoce é crucial?
De acordo com Lawrence Aseba Tipo, a infecção generalizada pode levar rapidamente à falência de órgãos, sendo considerada uma emergência médica. O maior risco é o choque séptico, quando o paciente não responde mais aos medicamentos vasopressores e à reposição de líquidos, necessitando de suporte intensivo. Aliás, o tempo é um fator determinante: cada hora sem tratamento adequado aumenta o risco de morte. Dessa forma, unidades hospitalares precisam investir na capacitação de suas equipes para reconhecer precocemente os sinais da condição.
Quais os principais fatores de risco para desenvolver sepse?
Nem todos os pacientes apresentam o mesmo grau de vulnerabilidade. Existem grupos que merecem atenção redobrada por estarem mais suscetíveis à infecção generalizada:
- Idosos e crianças pequenas: têm sistemas imunológicos menos eficientes.
- Pacientes com doenças crônicas: como diabetes, insuficiência renal ou câncer.
- Pessoas com imunidade comprometida: incluindo transplantados ou em tratamento com imunossupressores.
- Internados em UTI: exposição prolongada a bactérias hospitalares resistentes.
Quais são os tratamentos disponíveis para sepse?
O tratamento da sepse deve ser iniciado o quanto antes, preferencialmente nas primeiras horas após o diagnóstico. A abordagem varia conforme a gravidade e o foco da infecção, mas, em geral, envolve:
- Administração rápida de antibióticos de amplo espectro
- Reposição de fluidos intravenosos para estabilizar a pressão
- Controle da fonte infecciosa, como drenagem de abscessos
- Suporte ventilatório e hemodinâmico em casos mais graves
Quais medidas ajudam a prevenir a sepse?
Embora nem sempre seja possível evitar a sepse, algumas medidas simples reduzem o risco de infecções graves que podem desencadeá-la, como pontua Lawrence Aseba, médico cirurgião urologista e professor da residência médica de Urologia do Hospital Estadual de Vila Alpina. Tendo isso em vista, a prevenção deve começar desde o ambiente domiciliar até os serviços hospitalares.
- Vacinação em dia: imunizações contra gripe, pneumonia e outras doenças infecciosas.
- Higiene adequada: lavar as mãos frequentemente e manter feridas limpas.
- Atenção a sinais de infecção: dor, vermelhidão, febre e secreção devem ser avaliados por profissionais.
- Tratamento rápido de infecções simples: como infecção urinária ou respiratória.
Essas ações são especialmente relevantes em ambientes hospitalares, onde a vigilância e os cuidados com o paciente reduzem a disseminação de agentes infecciosos.
Sepse é grave, mas pode ser evitada com atenção e ação rápida
Em conclusão, a infecção generalizada é uma das emergências médicas mais sérias, mas pode ser evitada quando há informação, vigilância e ação eficiente. Assim sendo, o reconhecimento precoce dos sinais de sepse pode ser o divisor entre a recuperação e o agravamento do quadro clínico, conforme enfatiza o médico urologista Lawrence Aseba Tipo. Portanto, investir em prevenção, capacitação e estrutura hospitalar é o caminho para reduzir a mortalidade por sepse e salvar milhares de vidas todos os anos.
Autor: Katy Müller