Acesso à energia: um direito fundamental que transforma vidas e garante dignidade

By Katy Müller 5 Min Read
Leonardo Manzan

Segundo o tributarista e professor Leonardo Manzan, o acesso à energia é mais do que uma comodidade moderna — é um direito humano fundamental que promove inclusão social, desenvolvimento econômico e respeito à dignidade das pessoas. Em pleno século XXI, milhões ainda vivem sem eletricidade confiável, especialmente em regiões remotas ou periféricas. Essa desigualdade energética gera impactos profundos na saúde, na educação, no trabalho e na qualidade de vida de milhares de brasileiros.

Por que o acesso à energia é um direito fundamental?

O acesso à energia elétrica está diretamente ligado aos direitos sociais previstos na Constituição Federal, como saúde, moradia, educação e segurança. De acordo com o doutor Leonardo Manzan, negar energia a uma população é perpetuar um ciclo de exclusão e pobreza. Energia elétrica não apenas ilumina casas, mas também alimenta hospitais, escolas, sistemas de abastecimento de água e permite o funcionamento de equipamentos essenciais.

Sem eletricidade, famílias enfrentam dificuldades para conservar alimentos, aquecer ambientes em regiões frias ou manter o mínimo de conforto doméstico. Crianças não conseguem estudar adequadamente, trabalhadores perdem produtividade, e pequenos empresários veem sua atividade econômica prejudicada.

Qual o papel da energia no desenvolvimento econômico?

Para o empresário Leonardo Manzan, a energia é um dos pilares centrais do crescimento econômico sustentável. Investimentos em infraestrutura energética não apenas geram empregos, como também fomentam a industrialização e o empreendedorismo local. Empresas de todos os portes dependem da energia para operar de forma eficiente. Desde padarias até startups tecnológicas, a eletricidade é um insumo básico. 

No entanto, ambientes com fornecimento instável ou precário afastam investimentos, aumentam os custos operacionais e comprometem a competitividade do setor produtivo. Além disso, a transição energética para fontes limpas e renováveis tem impulsionado novas oportunidades de negócios e inovação, ao mesmo tempo em que contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

Leonardo Manzan
Leonardo Manzan

De que forma o acesso à energia garante dignidade?

A dignidade humana está intrinsecamente relacionada à possibilidade de viver com conforto, segurança e autonomia. Leonardo Manzan pontua que sem energia elétrica, a cidadania fica comprometida. Não se trata apenas de uma questão técnica, mas de justiça social. Com energia, uma família pode manter o mínimo necessário para a higiene, conservar remédios refrigerados, acessar canais de comunicação e participar ativamente da sociedade. 

Apesar dos avanços, ainda existem obstáculos significativos para universalizar o acesso à energia no Brasil. Áreas rurais, comunidades indígenas e periferias urbanas sofrem com a exclusão energética. Ademais, questões como o custo da tarifa e a instabilidade do fornecimento afetam negativamente as populações mais vulneráveis. É preciso ampliar os investimentos públicos e privados em infraestrutura energética, com foco especial em fontes renováveis, como solar e eólica. 

O que o futuro reserva para o acesso à energia no Brasil?

O futuro do acesso à energia no Brasil passa por um planejamento estratégico, regulatório e ambiental responsável. A transição energética, a digitalização da rede elétrica e a ampliação de políticas inclusivas são caminhos promissores. O empresário Leonardo Manzan frisa que o país tem potencial para ser líder na democratização da energia, aproveitando seus recursos naturais e tecnológicos. 

No entanto, alcançar esse cenário não é uma tarefa simples. Isso exige comprometimento real dos gestores públicos, sensibilidade social para entender as demandas da população e, acima de tudo, uma articulação eficiente entre diferentes setores da sociedade — incluindo governo, setor privado, terceiro setor e a própria comunidade. 

A descentralização da geração de energia, com políticas públicas que estimulem a micro e minigeração distribuída, torna-se um pilar estratégico nesse processo. Esse modelo promove não apenas a autonomia energética de famílias, empresas e comunidades, mas também fortalece a resiliência dos sistemas elétricos, diminui perdas na transmissão e reduz significativamente a dependência das grandes redes de distribuição centralizadas, muitas vezes caras, ineficientes e sujeitas a falhas.

Autor: Katy Müller

Share This Article
Leave a comment