A VASP conta a história não só da aviação, mas também de São Paulo, conta Fernando Siqueira Carvalho, entusiasta e apaixonado pela aviação e pela terra da Garoa. Fundada em 1933, a VASP (Viação Aérea São Paulo) foi uma importante linha aérea para o país. Os primeiros dois bimotores da companhia tinham capacidade para apenas 3 passageiros e partiam da cidade de São Paulo, mais precisamente no Campo de Marte, com destino a São José do Rio Preto e Uberaba, possuindo conexão na cidade de São Carlos e Ribeirão Preto, para cada voo, respectivamente.
Contudo, o aeródromo Campo de Marte não oferecia infraestrutura necessária aos voos, por isso, em razão dessa falta de estrutura, se fez necessário investimentos externos a fim de melhorias. Dessa forma, após os investimentos ofertados, o Governo Estadual adquiriu mais de 90% da empresa. Posteriormente a esse incentivo, a empresa apresenta um novo modelo de aeronave em sua frota: o Junker. Com essa obtenção ilustre, apresenta, em 1936, a linha de São Paulo, partindo do aeroporto de Congonhas à cidade do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, para a cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.
A partir de 1953, a empresa já operava na média de 15 voos diários entre a cidade do Rio de Janeiro e a cidade de São Paulo, fato este importantíssimo, visto que exibia uma regularidade e solidez na companhia. Deu-se então, um novo rumo aos voos domésticos, descreve Fernando Siqueira Carvalho. Dessa forma, tornou- se uma das maiores companhias aéreas em território nacional.
Ao longo de sua história, a VASP comprou inúmeras empresas aéreas como a Loide Aereo, Aerolloyd Iguassu e Aerovias Brasil, assumiu rotas de outras companhias ou as criou. Adquiriu cada vez mais importância no cenário nacional e, posteriormente, internacional. De início com voos para Atenas, na Grécia; Casablanca, em Marrocos; Frankfurt, na Alemanha e Osaka, no Japão, dá um outro passo em relação à globalização da companhia.
Este boom de crescimento e desenvolvimento tem um fim em 2005 por conta do histórico de quedas percentuais em relação aos voos internacionais e até voos domésticos, a empresa acumulou dívidas fiscais e trabalhistas, dessa forma, a pedido do MP de São Paulo e dos Sindicatos envolvendo a aviação, a empresa fecha as portas. Com sua frota dividida em três linhas aéreas: GOL, VARIG e TAM, as quais faziam o maior sucesso na época (existentes até hoje – salvo a VARIG), até hoje a extinta empresa possui planos de voltar à ativa, conta Fernando Siqueira Carvalho à nossa redação.