SÃO PAULO – A caderneta de poupança voltou a apresentar forte volume de captações em julho, com entrada líquida de R$ 6,38 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central.
Fruto de depósitos de R$ 298,3 bilhões e retiradas de R$ 291,9 bilhões, o resultado está entre os maiores para o ano, atrás apenas do volume captado em junho, quando a poupança teve captação líquida de R$ R$ 7 bilhões.
Mesmo com os resultados recentes positivos, os resgates na poupança ainda superam os aportes no acumulado de 2021 em R$ 10,2 bilhões. O estoque da poupança é hoje de R$ 1,039 trilhão.
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A forte captação de recursos na caderneta acontece em meio aos pagamentos do auxílio emergencial, criado para fornecer proteção no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia de coronavírus.
O programa se encerraria com a quarta parcela, depositada em julho e sacada em agosto, mas foi prorrogado até outubro, com os mesmos valores para o benefício, com variação de R$ 150 a R$ 375.
Embora ainda bastante popular entre os brasileiros, a caderneta oferece um dos retornos menos atrativos no mercado financeiro, mesmo com o movimento de alta de juros em curso.
Em julho, a poupança rendeu apenas 0,29%, ante variação de 0,36% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), por sua vez, ficou em 0,72% no período.
No acumulado do ano até julho, o retorno da caderneta chega a 1,12% (ante 1,64% do CDI e 4,88% do IPCA-15) e, em 12 meses, a 1,85%, enquanto o CDI teve variação de 2,45%, e a inflação foi de 8,59%.
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