A depressão é uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. De acordo com o médico Daniel Tarciso da Silva Cardoso, embora existam tratamentos convencionais como a terapia e os medicamentos, o exercício físico tem ganhado destaque como uma abordagem complementar eficaz. Mas como exatamente a prática de atividades físicas pode influenciar no tratamento da depressão?
Confira, no decorrer desta leitura, como o movimento pode ser um grande aliado no caminho para a saúde mental.
Como a atividade física reduz os sintomas de depressão?
Conforme expõe o doutor Daniel Tarciso da Silva Cardoso, quando praticamos exercícios físicos, nosso corpo libera substâncias químicas chamadas endorfinas, conhecidas por gerar sensações de prazer e bem-estar. Essas substâncias agem como um “analgésico natural” para o cérebro, aliviando a sensação de tristeza e desânimo.
Outro benefício importante é o impacto positivo nos padrões de sono. Muitas pessoas com depressão enfrentam dificuldades para dormir, o que agrava os sintomas da condição. Assim sendo, exercícios regulares ajudam a regular o ciclo do sono, promovendo noites mais reparadoras. Portanto, o corpo e a mente se recuperam melhor, criando uma base mais sólida para lidar com os desafios emocionais.
Qual é o papel da rotina de exercícios na criação de hábitos saudáveis?
A criação de uma rotina de exercícios pode oferecer à pessoa um senso de propósito e realização, o que é vital no combate à depressão. Pois, muitas vezes, a condição leva à apatia e à falta de motivação, mas ao incluir atividades físicas no dia a dia, é possível construir um compromisso consigo mesmo. Desse modo, cada pequeno progresso, como completar uma caminhada ou finalizar uma aula de yoga, fortalece a autoestima e traz a sensação de conquista.
Além disso, a prática regular ajuda a desenvolver hábitos saudáveis que vão além do exercício em si, como pontua o médico Daniel Tarciso da Silva Cardoso. Já que ao começar a cuidar do corpo, muitas pessoas passam a prestar mais atenção à alimentação, ao consumo de água e até mesmo à socialização, criando um círculo de autocuidado.
A importância da socialização durante o tratamento
Por fim, praticar exercícios em grupo, como aulas de dança ou esportes coletivos, pode ser uma excelente forma de se reconectar com outras pessoas. Segundo o Dr. Daniel Tarciso da Silva Cardoso, a depressão frequentemente isola os indivíduos, e essas atividades oferecem um ambiente descontraído e acolhedor para criar novas conexões sociais.
Ademais, a troca de experiências com pessoas que compartilham interesses semelhantes ajuda a reduzir a sensação de solidão, que é comum em quem enfrenta a depressão. Portanto, o apoio mútuo que pode surgir nesses ambientes pode ser uma fonte de motivação extra para manter a prática de exercícios, reforçando ainda mais os benefícios físicos e emocionais.
O movimento como parte da solução
Em última análise, o exercício físico, embora não substitua os tratamentos tradicionais, desempenha uma função importante no alívio dos sintomas de depressão. Pois, ao liberar substâncias que promovem o bem-estar, criar hábitos saudáveis e estimular a socialização, ele se torna um aliado poderoso na busca por equilíbrio emocional. Assim sendo, incorporar atividades físicas à rotina pode ser o primeiro passo para transformar não apenas o corpo, mas também a mente.