Investidor do varejo tem mais uma opção de FII de CRI

By Katy Müller 4 Min Read
Frederico Gayer Machado de Araujo

Faria Lima Capital

Os investidores do varejo têm mais uma alternativa para aportar recursos em Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). Até maio destinado apenas a investidores qualificados, o Faria Lima Capital Recebíveis Imobiliários I (código FLCR11 na bolsa) passou a ser negociado de forma ampla na B3, após a publicação do prospecto em 11/5.

Os FIIs de papel são apontados como importantes na parcela da carteira destinadas a fundos imobiliários por adicionar títulos de renda fixa, os CRIs, cujo retorno é predefinido.

O patrimônio atual do fundo, captado através da uma primeira oferta CVM 476, está em aproximadamente R$ 50 milhões. Até agora, o desempenho positivo do FII Faria Lima Capital foi construído comprando CRIs emitidos por uma única securitizadora, a Habitasec, que já emitiu desde 2010 mais de 150 CRIs equivalentes a R$ 8 bilhões.

Na medida em que o fundo vai ganhando recursos, comenta Vicente Nogueira, sócio fundador da Faria Lima Capital, a ideia é também investir em CRIs emitidos por outras securitizadoras. “Já avaliamos a compra de CRIs de outra securitizadoras e é só questão de achar taxa e risco adequados dentro da nossa estratégia”, comenta Nogueira.

O retorno do produto, destaca o executivo, foi alcançado com uma gestão ativa na busca pela melhor composição da carteira em termos de risco e retorno. A opção do FII Faria Lima Capital é trabalhar na faixa de risco médio, intermediaria entre os CRIs de  rating mais alto e retorno menor, e os de rating mais baixo e retorno maior.

Os CRIs da carteira do fundo têm risco intermediário e bom retorno, além de estarem divididos em empreendimentos logísticos (27,3%), residencial (44,8%), uso misto (14,5%) e hotel (13,3%). “O fundo tem como foco comprar CRI com garantias reais, ou seja, com garantia real imobiliária e taxa adequada.”

O fundo, que tem parte dos recursos aplicados em outros FIIs de CRI que tenham um risco semelhante aos CRIs de sua carteira, acompanha de perto o desempenho dos produtos em que investe e monitora novas emissões, substituindo sempre que a oportunidade for boa.

O sócio da gestora lembra que vantagens do investidor comprar cotas de um FII de CRI, e não o CRI diretamente, são a diversificação que reduz o risco da carteira, acesso às emissões de CRI CVM476, liquidez das cotas de FII e ter um gestor experiente para tomar decisões de investimento e acompanhar os CRIs investidos

“Temos vários CRIs no fundo que combinados reduzem risco. Além disso, os papeis que pagam melhor só são acessíveis a investidores profissionais e via fundo imobiliário o varejo também consegue acessar estes produtos.” Como a carteira do fundo Faria Lima Capital tem CRIs atrelados tanto ao IPCA quanto ao CDI, a alta destes dois indicadores não preocupa.

Na última reunião o Banco Central elevou a Selic a 4,25% e o mercado já estima a Selic fechando 2021 próxima de 6,5%. “A carteira pela indexação fica protegida e ainda com um ganho, o spread dos papeis, acima dos indexadores.”

No final de maio, o fundo tinha 85,5% de alocação, sendo 69% em CRIs e 16,5% em cotas de outros fundos. Para os papeis indexados ao índice de inflação, os CRI do FLCR11 possuíam uma taxa média ponderada de IPCA + 10,2% ao ano (58,6% dos ativos) e os CRIs indexados ao juro tinham retorno médio de CDI + 5% a.a. (10,4% dos ativos).

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