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Lupi Confessa Saber de Descontos Indevidos no INSS desde 2023
O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi foi chamado a prestar um depoimento à CPI do INSS, que investiga descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) destinados para sindicatos. A reunião contou com a participação de Lupi por cerca de nove horas, começando na segunda-feira e terminando apenas na madrugada de terça-feira.
Durante o depoimento, Lupi voltou a afirmar que sabia das denúncias sobre os descontos indevidos desde 2023. No entanto, apenas em 2024 o INSS editou uma instrução normativa (IN) para inibir fraudes, como uso de biometria. A CPI investiga irregularidades que teriam ocorrido entre 2017 e 2022, período em que Lupi ocupava o cargo de ministro da Previdência.
Lupi reconheceu que não tinha noção da dimensão da fraude e admitiu que o ministério falhou por não ter tomado medidas mais enérgicas. A comissão investigativa busca entender como essas fraudes foram permitidas e quais as medidas que deveriam ter sido adotadas para evitar a situação.
A sessão do depoimento foi acalorada, com parlamentares precisando ser apartados em um momento em que Lupi se recusou a responder as perguntas do deputado Marcel Van Hattem (NOVO-RS). Além disso, Lupi admitiu conhecer Frei Chico, irmão do presidente Lula, desde o tempo em que foi ministro do Trabalho. Essa informação gerou suspeitas e questionamentos dos parlamentares presentes.
A CPI do INSS continua a investigar as irregularidades e busca esclarecer como essas fraude foram permitidas. Com a confissão de Lupi sobre saber das denúncias desde 2023, a comissão pode encontrar pistas importantes para identificar os responsáveis pelas fraudes e tomar medidas para evitar que isso aconteça novamente no futuro. A investigação continua em andamento, com a CPI buscando respostas para as questões levantadas.